Enxovalho

É assim amiguinhos(as). Há dias lixados e ontem foi um deles (futebolisticamente falando porque de resto foi um dia maravilhoso).
O meu Benfica foi enxovalhado sem apelo nem agravo, e ainda por cima às mãos do seu principal rival. Não tenho por hábito inventar desculpas, não tenho como forma de vida o atirar para cima de terceiros responsabilidades que não lhes cabem. Não serei visto a fazer o papel que muitos fizeram o ano passado, enterrando em túneis ocultos a explicação para uma época soberba da minha equipa.
O Benfica este ano está inseguro, triste, vazio de ideias e sem a alma que teve o ano passado. Ao invés, o Porto espalha classe e crença pelos campos, inunda a sua vontade de jogar e ganhar, apaixona os seus adeptos, e todos os adeptos de bom futebol. Sinto-me no sétimo círculo do inferno porque vejo os meus rivais a fazerem o que a minha equipa fez o ano passado. Venceram, venceram bem e mereceram o resultado dilatado que construíram.
Dói, mas a realidade não se satisfaz nem se altera com desculpas. Parabéns ao Porto, parabéns a todos os portistas, excepção óbvia à escumalha nojenta que conseguiu iludir três milhões de anos de evolução e teima em cada batimento cardíaco em nos recordar que não consegue existir de forma saudável fora de uma jaula.
Hoje é outro dia, e apesar da desilusão, sou Benfiquista e assumo-o com orgulho. Quem não é capaz de manter a cabeça erguida na hora da derrota, não merece tê-la levantada na hora da vitória.

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