Fez ontem 554 anos da queda da cidade de Constantinopla às mãos dos turcos Seldjucidas. A antiga capital do império Bizantino encontrava-se à largos anos em decadência e o outrora imponente império, descendente directo do império romano do oriente, já estava reduzido apenas à sua capital que caiu em 30 de Maio de 1453.
Esta queda marcou o final da idade média, e a fuga generalizada de escritores, escultores, pintores, entre outros para as cidades italianas deu origem a um redescobrir da cultura clássica Grega e acelerou a passos largos o renascimento italiano.
Para os turcos e para o islão, esta conquista marcou a sua reentrada na Europa, depois dos progressivos revezes que culmiram com a sua expulsão da península ibérica, consumada em 1492 com a queda de Granada. Despois de Constantinopla, seguiu-se a conquista da Grécia e dos Balcãs, tendo a maré turca atingido mesmo Viena por duas vezes onde foi travada.
Hoje, mais de 5 séculos depois fala-se novamente da entrada da Turquia na Europa, se bem que de forma completamente diferente. O tema suscita paixões e a maior parte das reacções são mais emotivas do que racionais. Voltarei a esse tema daqui por uns dias. Por hoje resta-me comemorar a data que marcou o final da longa noite que se abateu na Europa, chamada Idade Média.
Há quem diga que foi há muito tempo, mas para mim foi anteontem que a Venezuela atravessou o ponto de não retorno na sua constante caminhada para o totalitarismo. De uma forma planeada e progressiva Chavez tem levado a sua revolução Bolivariana a suprimir liberdades e garantias dos seus cidadãos, o direito à prática de oposição e a promover uma intimidação económica e social contra os seus opositores. Desta vez desencadeou um ataque à imprensa livre ainda existente e cujo símbolo emblemático era o mais antigo canal privado venezuelano. Quero ver depois de mais este episódio se ainda vão aparecer por cá uns fósseis a defender Chavez, só porque ele enfrenta o imbecil inquilino da Casa Branca.
Além de Biólogo por formação, tenho uma paixão inexplicável pela natureza. Sempre gostei de assistir e de conhecer a sua forma muito própria de funcionar, forma essa que não pode ser comparada com as regras da nossa sociedade, mas que deve ser preservada como um património da humanidade, pois para os mais esquecidos, foi na natureza que a nossa espécie nasceu e sobreviveu, muito antes de ter começado a considerar a natureza como sua propriedade privada.
Descobri há uns dias atrás um blog dedicado apenas à divulgação de fotos sobre essa natureza que convive connosco diariamente, apesar de nos darmos ao luxo de só a tentar conhecer em programas de televisão.
No blog momentosnaturais.blogspot.com podemos encontrar um pouco daquilo que nos pertence e do qual fazemos parte. Pela Objectiva de Pedro Koch, podemos quase nos lembrar de quem fomos e do extraordinário e dificil caminho que trilhámos antes de nos tornarmos na espécie dominante deste planeta que, estupidamente, insistimos em assassinar em próprio proveito.
Pedro Koch é um verdadeiro embaixador, não de um país, mas de um mundo que ainda existe mesmo contra todos os nossos esforços.
Vejam, apaixonem-se e disfrutem. Aquilo existe à vossa porta, nos vossos quintais, nas nossas vidas, mesmo que não nos lembremos dele com a frequência que merece.
Uns dias atrás em conversa com um Amigo, acabámos a falar sobre filmes. No meio do nada ele foi buscar uma caixinha de recordações e partilhou comigo um autêntico tesouro, todos os bilhetes de cinema de todos os filmes que viu na vida. Poucas vezes senti tanta inveja de alguém como dele naquele momento. Sou um cinéfilo inveterado e quem me dera a mim ter um "album" de recordações daquele calibre.
Entre as estreias da Guerra das Estrelas e as várias exibições do The Wall, entre os Indiana Jones e os vários 007s, passaram-me pelas mãos em 15 minutos mais de duas décadas de cinema. Foi como ver em slow motion todos os heróis da minha juventude e ele tem uma prova disso e eu apenas uma memória.
Obrigado Ilídio. Fizeste-me reviver muito do que sonhei e assisti numa sala na companhia de muitos desconhecidos. Felizmente tens como comprovar que lá estiveste, eu posso apenas falar sobre isso, e, invejar enormemente esse teu património.
Correndo o risco de ter que me desdizer daqui por umas horas, creio que Sarkozy será o próximo Presidente da França. A figura não me inspira confiança nem simpatia nenhuma, ao contrário de Segolene Royal, mas a realidade é que os socialistas franceses não continuam amarrados a posições políticas que os impedem de vencer eleições.
A França é o mais estatista país da União Europeia e o PS Francês continua a viver à sombra de ideias e políticas que já não são sustentáveis. Hoje a França é uma economia que não cresce, apresenta um défice superior ao nosso e não quer fazer as reformas necessárias para inverter este rumo de paralisia.
Ironicamente Ségolene é a mais "Blairista" dos dirigentes socialistas franceses e seria a pessoa ideal para recentrar o discurso e as políticas do PSF, mas a plataforma política que apresentou a estas eleições reflectiu antes de mais a pacificação interna e as cedências que foi obrigada a fazer.
Espero que a sua derrota seja o menos pesada possível para que possa sobreviver politicamente à noite de hoje. Considero-a a pessoa certa para levar o PSF de volta às vitórias mas muito caminho ainda terá que ser trilhado antes disso.
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