Reza a lenda que um rei da Ásia Menor morreu sem deixar descendentes. Reza a lenda que um Oráculo qualquer previu que o futuro rei chegaria a conduzir um carro de bois. Segundo a mesma lenda já muito rezada, esse rei, de nome Górdio, amarrou o seu carro de bois a uma coluna, para que ninguém se esquecesse das suas origens humildes. A mesma lenda, já transformada numa ladaínha, diz que o tal de Górdio morreu sem descendentes (que raio faria aquela gente para se divertir ?) e que o Oráculo do costume previu que a Ásia Menor só voltaria a ter um rei quando alguém conseguisse desatar o nó de Górdio. Passados muitos anos esta história foi conhecida por Alexandre, o Grande. Segundo a tal lenda, o mesmo deslocou-se à dita cidade e, ao ver o nó dado muitos anos antes (nem quero imaginar em que estado estariam os bois), sacou da sua espada, cortou o nó, e reinou na Ásia Menor, tal como nos outros 378 territórios e países que conquistou, e sem carros de boi como adereços.
Moral da história, ou melhor, moral da lenda, o Nó Górdio fica como um exemplo de como é possível resolver problemas complicados de uma forma simples. Como devem calcular, é uma das minhas lendas preferidas, eu que tenho como uma de muitas alcunhas, "o simplificador implacável".
Detesto complicar coisas que são naturalmente simples quase tanto como adoro simplificar coisas aparentemente complicadas. Acho que vem dos tempos da matemática no ensino secundário em que a melhor coisa que me podiam fazer era pedir para simplificar funções. Continuo a considerar o acto de reduzir ao mesmo denominador para cortar, mais do que uma manha matemática uma atitude perante a vida.
O nosso dia-a-dia é como uma equação com dezenas ou centenas de incógnitas. Aceito isto, é natural que vivamos no reino do caos já que vivemos rodeados de outras pessoas que têm os seus próprios caminhos, os seus próprios sonhos, os seus muito próprios medos. Respeito isso, não me peçam é para submeter a minha simplicidade a confusões alheias.
Mas afinal de contas, serve isto tudo para quê ? Para vos dizer que tenho à minha frente um nó górdio que não ata nem desata e estou com dúvidas sobre o que fazer a seguir (sim, sou dos que têm dúvidas de vez em quando e se pensam que sou fraco ou inseguro por isso, peguem nos vossos rabiosques e desapareçam-me do blog e da vista seu bando de otários(as)). Dava-me jeitinho um conselho sabem, não é que o vá seguir, mas pelo sim pelo não sabia-me bem.
Olhem, deixem lá, vocês têm razão. Vou mas é afiar a espada.
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